O Genismo é uma filosofia materialista, baseada no neodarwinismo, que tem como finalidade maximizar a felicidade humana.
Por ser materialista o Genismo não assume nenhum tipo de entidade metafísica para construir seu arcabouço teórico, e por ser neodarwinista entende os seres vivos como "máquinas perpetuadoras de genes": Todo organismo vivo é resultado de um processo de bilhões de anos de evolução por seleção natural, e existem hoje apenas os descendentes dos que conseguiram perpetuar seus genes, e que, portanto, devem também possuir esta característica.
O Genismo toma essa característica biológica intrínseca dos organismos também como uma meta cultural. Isso evita que memes maléficos possam reprimir nosso intento biológico básico e gerar infelicidade.
O Genismo, entretanto, estende o sentido da "máquina de sobrevivência", conceito biológico no qual os seres vivos foram programados para sobreviverem e perpetuarem seus genes, para tomar nossa essência como sendo os próprios genes. Dessa forma nossa consciência não é mais o nosso "eu", ela é apenas mais um apêndice dos nossos genes - da mesma forma que o estomago ou as unhas o são - e existe apenas 'para' auxiliar os genes (nós) no seu 'ímpeto' de imortalidade.
É muito importante termos em mente que nossos genes não estão apenas em nossos corpos, mas também compartilhados, em maior ou menor proporção, entre todos os seres vivos do planeta. Assim, preservar a vida é preservar nossa própria imortalidade, auxiliar o próximo é ajudar também a nós mesmos.
O Genismo é, portanto, um novo modo de ver o homem que, sem apelar para o místico, para o religioso ou Deus, propõe, via genes, uma integração existencial de todos os seres vivos - eu existo em você e você existe em mim – e uma forma não ilusória de imortalidade.