A Meta-Etica-Cientifica
( MEC ), na qual o Genismo esta alicerçado, eh definida como uma
meta-etica utilitarista baseada na
formula jocaxiana de felicidade.
Mas o que significa a palavra "utilitarista" da
MEC ?
A palavra "utilitarista" vem da palavra
"Utilitarismo". Achei um bom texto na net falando
sobre isso :
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"O Utilitarismo é um tipo de ética normativa -- com
origem nas obras dos filosofos e economistas ingleses do século
XVIII e XIX. Jeremy Bentham e John Stuart Mill, -- segundo a qual
uma ação é moralmente correta se tende a promover a felicidade
e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não
apenas a felicidade do agente da ação mas também a de todos afetados
por ela.
O Utilitarismo rejeita o egoísmo,
opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses,
mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria
ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados
independentemente das consequências que eles possam ter.
O Utilitarismo assim difere radicalmente
das teorias éticas que fazem o carater de bom ou mal de uma ação
depender do motivo do agente porque, de acordo com o Utilitarismo,
é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação
ruim no indivíduo.
Antes, porém, desses dois autores
darem forma ao Utilitarismo, o pensamento utilitarista já existia,
inclusive na filosofia antiga, principalmente no de Epicuro e
seus seguidores na Grécia antiga. E na Inglaterra, alguns historiadores
indicam o Bispo Richard Cumberland, um filósofo moralista do século
XVII, como o primeiro a apresentar uma filosofia utilitarista.
Uma geração depois, Francis Hutcheson, com sua teoria do "sentido
interior da moralidade" ("moral sense") manteve
uma posição utilitarista mais clara. Ele cunhou a frase utilitarista
de que "a melhor ação é a que busca a maior felicidade para
o maior número de indivíduos". Também propôs uma forma de
"aritmética moral" para cálculo da melhor conseqüência
possível. David Hume tentou analisar a origem das virtudes em
termos de sua contribuição útil.
O próprio Bentham disse haver
descoberto o "princípio de utilidade" nos escritos de
vários pensadores do século XVIII como Joseph Priestley, um clérigo
dissidente famoso por haver descoberto o oxigênio, e Claude-Adrien
Helvétius, autor de uma filosofia de meras sensações, de Cesare
Beccaria, jurista italiano, e de David Hume. Helvétius foi posterior
a Hume e deve ter conhecido seu pensamento, e Becária o de Helvécios..
Outro apoio ao Utilitarismo é
o de natureza teológica, devido a John Gay, um filósofo estudioso
da bíblia que argumentava que a vontade de Deus era o único critério
de virtude, mas que, devido à bondade divina, ele concluía que
Deus desejava que o homem promovesse a felicidade humana.
Bentham, que aparentemente acreditava
que o indivíduo, no governos de seus atos iria sempre buscar maximizar
seu próprio prazer e minimizar seu sofrimento, colocou no prazer
e na dor ambos a causa das ações humanas e as bases de um critério
normativo da ação.
À arte de alguém governar suas
próprias ações, Bentham chamou "ética particular". Neste
caso a felicidade do agente é o fator determinante; a felicidade
dos outros governa somente até o ponto em que o agente é motivado
por simpatia, benevolência, ou interesse na boa vontade e opinião
favorável dos outros.
Para Bentham, a regra de se buscar
a maior felicidade possível para o maior número possível de pessoas
devia ter papel primordial na arte de legislar, na qual o legislador
buscaria maximizar a felicidade da comunidade inteira criando
uma identidade de interesses entre cada indivíduo e seus companheiros.
Aplicando penas por atos malintencionados, o legislador faria
prejudicial para um homem causar dano ao seu visinho. O trabalho
filosófico mais importante de Bentham, An Introduction to the
Principles of Morals and Legislation ("Uma introdução
aos princípios de moral e legislação"), de 1789, foi pensado
como uma introdução a um projeto de Código Penal.
Bentham atraiu jovens intelectuais
como discípulos, entre eles o economista David Ricardo, James
Mill e o jurista John Austin. Mais tarde John Stuart Mill, filho
de James Mill, defendia o voto feminino, a educação paga pelo
Estado para todos, e outras propostas radicais para sua época,
com base na visão utilitarista de que tais medidas eram essenciais
à felicidade e bem estar de todos, assim como também a liberdade
de expressão e a não interferência do governo quando o comportamento
individual não afetasse as outras pessoas. Seu ensaio "Utilitarianism,"
publicado no Fraser's Magazine (1861), é citada como uma
elegante defesa da doutrina Utilitarista e considerada ser ainda
a melhor introdução ao assunto, apresentando o Utilitarismo como
uma ética tanto para o comportamento do indivíduo comum quanto
para a legislação social.
R.Q.Cobra
00/00/2001
Para citar este texto: Cobra, Rubem
Queiroz - NOTAS: Temas de Filosofia. Site www.cobra.pages.nom.br,
INTERNET, Brasília, 2001 ("www.geocities.com/cobra_pages"
é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br).
http://www.cobra.pages.nom.br/ft-utilitarismo.html
"
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Embora o utilitarismo pareca algo logico e natural, na qual todas
as eticas deveriam se balizar , isso nao eh o que ocorre. A maioria
das religioes, que sao tomadas por muitos como a verdadeira
fonte de moral ( e etica ), nao se baseiam no conceito
de utilitarismo e sim em outros conceitos como, por exemplo,
dogmas sagrados.
Nestes casos, a felicidade nao eh
tao importante, e, na verdade o sofrimento pode ser visto como
a melhor forma de servir a Deus que seria a verdadeira fonte da
moral. Isso explica porque muitas promessas sao baseadas em
auto-penitencias.
Eh verdade que a *esperanca* de ter promessas atendidas , com
o proprio sofrimento, pode causar prazer mas, o prazer nao
seria maior se tivessemos a mesma esperanca mas com a promessa
de praticar o bem (ou prazer ) ao proximo ( ou a si mesmo) ao
inves de se causar sofrimento fisico?
Num debate numa lista de discussoes alguem defendeu que o utilitarismo
nao precisaria ser seguido. Entao , para mostrar que
o utilitarismo eh, na verdade, algo muito mais logico do que simplesmente
se seguir uma ideologia, propus uma experiencia
hipotetica :
"Se vc precisasse arrancar um fio de cabelo para salvar 90%
da humanidade voce o faria? "
Se vc arrancasse seu fio de cabelo vc provocaria em si mesmo uma
pequenina dor mas causaria um bem maior que seria salvar 90% da
humanidade. Entao, se vc arrancasse o seu fio de cabelo vc estaria
sendo utilitarista pois estaria praticando um pequeno mal a si
mesmo em beneficio de um bem maior ( salvar 90% da humanidade
).
Outro exemplo que mostra a logica do utilitarismo :
"Vc esta diante de 2 botoes
e 3 alternativas a escolher:
1- Se apertar o botao 1 vc extermina
uma cidade de 500 habitantes.
2- Se apertar o botao 2 vc extermina uma cidade de 500 mil habitantes.
3- Se nao apertar nenhum botao , ou apertar os 2, vc extermina
as 2 cidades.
Qual vc escolhe?
Se vc escolher apertar o botao 1 vc estaria praticando um mal
menor e seria a escolha utilitarista mais adequada. Se vc se recusar
a apertar algum botao vc estaria levando mais pessoas aa morte
do que o necessario e,portanto , deveria ser considerado um assassino.
Claro que se poderia alegar, como no caso do
MCJ, que se estaria mandando mais pessoas ao paraiso e asim
seria melhor para elas que morressem. Entretanto nao creio que
ninguem em sã consciencia defenda realmente este ponto de vista.
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